Uma autora preenche as lacunas da sua história
sobre memória, trauma e Literatura
Resumo
Katja Petrowskaja, ucraniana, nascida em Kiev, estuda Literatura na Rússia e acaba migrando para a Alemanha, onde aprende o idioma, casa-se e publica um livro na língua do país que a acolheu intitulado Talvez Esther. O romance conta a trajetória de sua família desde o século XIX, quando fogem da Áustria para a Polônia e depois para a Ucrânia. Passam por alguns pogroms, duas Guerras, o Holomodor, o Babi Yar e a ditadura soviética, não exatamente nessa ordem. Katja pretende encontrar os indícios das histórias que ouviu durante toda sua vida, as anedotas, os casos curiosos, o talento para ensinar crianças surdas-mudas e talvez algum parente perdido, mas principalmente a sua identidade no mundo. Usando as teorias de trauma e testemunho, busca-se, neste artigo, compreender o que Petrowskaja quer encontrar e de que forma ela pode, literariamente, reconciliar-se com esse passado.Referências
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