AS PATOLOGIAS SOCIAIS NA RELAÇÃO COM A INFÂNCIA

violências que persistem

  • Maiane Liana Hatschbach Ourique Universidade Federal de Pelotas
  • Juliana Marques de Farias Universidade Federal de Pelotas
Palavras-chave: patologia social; infância; reconhecimento; violência.

Resumo

Este ensaio apresenta uma leitura hermenêutica e crítica das memóriase relações que se estabelecem com as diferentes infâncias que habitamo imaginário coletivo. Tem por objetivo repercutir as disposições (re)produzidas nas relações com as crianças, notando algumas patologiassociais persistentes e desviantes da imagem de criança-sujeito dedireitos. A partir dos escritos de Axel Honneth, discute-se como relaçõesmarcadas por violência e indiferença às crianças e suas subjetividadesreproduzem patologias sociais. Recorre-se à obra literária Infância, deGraciliano Ramos (2020), para compor uma tessitura ético-estética etensionar o horizonte normativo que sustenta as funções sociais deadultos e crianças, num mundo endurecido pelo poder, pelo trabalho epela religião.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maiane Liana Hatschbach Ourique, Universidade Federal de Pelotas
Doutora em Educação. Docente da Universidade Federal de Pelotas. Pesquisa a formação de professores da infância, as práticas pedagógicas com crianças, a subjetividade docente na perspectiva do reconhecimento
Juliana Marques de Farias, Universidade Federal de Pelotas
Mestra em Educação. Doutoranda do Programa de Pósgraduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Pesquisa a formação de professores da infância na perspectiva do reconhecimento e das injustiças.

Referências

COX, Richard. Arquivos Pessoais: um novo campo profissional – leituras, reflexões e

reconsiderações. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.

HERMANN, Nadja. Hermenêutica e educação. Rio de Janeiro, RJ: DP&A Editora, 2002.

HABERMAS, Jürgen. Modernidade: um projeto inacabado. In: ARANTES, O.; ARANTES,

P. Um ponto cego no projeto moderno de Jürgen Habermas. São Paulo: Brasiliense,

RIBEIRO, Gustavo Silveira. Esquecer para lembrar: Memória e compreensão em

Infância, de Graciliano Ramos. Literatura e Autoritarismo, Santa Maria, v. 1, n. 16, 2010.

Disponível em: http://w3.ufsm.br/literaturaeautoritarismo/revista/num16/RevLitAut_

art02.pdf. Acesso em:

HONNETH, Axel. Uma patologia social da razão: sobre o legado intelectual da Teoria

Crítica. 2008. In: Fred Rush (org.). Teoria Crítica. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2008.

FRASER, Nancy; JAEGGI, Rahel. Capitalismo em debate: uma conversa na teoria

crítica. Boitempo Editorial, 2020.

SARMENTO, Manuel Jacinto. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia

da infância. Educação & Sociedade, v. 26, p. 361-378, 2005.

WINNICOTT. Donald. Crescimento e desenvolvimento na fase imatura. In: A família e o

desenvolvimento individual. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Editora Record, 2020.

Publicado
2025-05-01
Como Citar
Hatschbach Ourique, M. L., & Julianam Marques de Farias. (2025). AS PATOLOGIAS SOCIAIS NA RELAÇÃO COM A INFÂNCIA : violências que persistem. Cadernos De Educação, (69). https://doi.org/10.46848/caduc.vi69.27222
Seção
Dossiê temático: Patologias sociais