AS PATOLOGIAS SOCIAIS NA RELAÇÃO COM A INFÂNCIA

violências que persistem

  • Maiane Liana Hatschbach Ourique Universidade Federal de Pelotas
  • Juliana Marques de Farias Universidade Federal de Pelotas
Palavras-chave: patologia social; infância; reconhecimento; violência.

Resumo

Este ensaio apresenta uma leitura hermenêutica e crítica das memórias
e relações que se estabelecem com as diferentes infâncias que habitam
o imaginário coletivo. Tem por objetivo repercutir as disposições (re)
produzidas nas relações com as crianças, notando algumas patologias
sociais persistentes e desviantes da imagem de criança-sujeito de
direitos. A partir dos escritos de Axel Honneth, discute-se como relações
marcadas por violência e indiferença às crianças e suas subjetividades
reproduzem patologias sociais. Recorre-se à obra literária Infância, de
Graciliano Ramos (2020), para compor uma tessitura ético-estética e
tensionar o horizonte normativo que sustenta as funções sociais de
adultos e crianças, num mundo endurecido pelo poder, pelo trabalho e
pela religião.

Biografia do Autor

Maiane Liana Hatschbach Ourique, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação. Docente da Universidade Federal de Pelotas. Pesquisa a formação de professores da infância, as práticas pedagógicas com crianças, a subjetividade docente na perspectiva do reconhecimento

Juliana Marques de Farias, Universidade Federal de Pelotas

Mestra em Educação. Doutoranda do Programa de Pósgraduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Pesquisa a formação de professores da infância na perspectiva do reconhecimento e das injustiças.

Referências

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Publicado
2025-05-01
Como Citar
Hatschbach Ourique, M. L., & Julianam Marques de Farias. (2025). AS PATOLOGIAS SOCIAIS NA RELAÇÃO COM A INFÂNCIA : violências que persistem. Cadernos De Educação, (69). https://doi.org/10.46848/caduc.vi69.27222
Seção
Dossiê temático: Patologias sociais

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