Língua portuguesa para refugiados e migrantes
Quem ensina aprende e quem aprende ensina
Resumo
A linguagem é um dos principais instrumentos de mediação nos processos de apropriação da cultura e a palavra, polissêmica e dialógica, de acordo com Bakhtin (1999; 2003), traz marcas socioculturais e históricas que se fazem presentes no desenvolvimento psíquico, motor e emocional dos sujeitos. A língua é, pois, fator determinante para a inserção social e sinônimo de identidade. Nesse sentido, este estudo pretende discutir, a partir de vivências de acadêmicos de licenciatura em Letras em um projeto de extensão universitária, mais especificamente, nas oficinas de Língua Portuguesa para migrantes e refugiados, a importância da língua como acolhimento e na construção da identidade, além das contribuições à formação docente.Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: HUCITEC, 1999.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. Trad. P. Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/MEC. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP 2, de 1º de julho de 2015. Define as diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial em nível superior e formação continuada. Brasília. DOU, 2 jul. 2015.
CHAUÍ, M. A linguagem. In: CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 136-151.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SANTOS, Camille Anjos de Oliveira; SILVA, Carla Cristie de França; OLIVEIRA, Ana Beatriz Cunha Maia de. Formação de professores: o desafio da prática. Formação de professores: contextos, sentidos e práticas, 2015. p. 1-13. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23961_13445.pdf. Acesso em: 13 jun. 2020.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.