“Se eu fosse fazer transição, eu era jogada na rua”: vida precária, universo trans e educação
Palavras-chave:
vida precária, universo trans, educação
Resumo
Enaltecer vidas diferentes leva-nos a produzir estratégias para reconhecê-las possíveis. Partir do reconhecimento precário de uma vida requer problematizar discussões que a enquadram em uma moldura sem inteligibilidade. Logo, sob o enfoque da pesquisa pós-crítica em educação, com a utilização da arqueologia foucaultiana, acessamos, neste artigo, narrativas de memórias discursivas da época de transição de gênero na escola, na família e na comunidade, de uma das participantes da pesquisa realizada durante o Curso de Doutorado em Educação, Luna. O método utilizado para a coleta de dados, com o objetivo de encontrar memórias de cartografia de vidas que se chocaram com as regras, desenharam contornos subversivos e, ainda assim, permaneceram em ambiente escolar, foi a entrevista narrativa. Por meio dessa ferramenta, foi possível acompanhar e analisar a construção subjetiva de gênero feminino de Luna, que, durante esse processo, previu projetos de vida possíveis nos quais a educação representou uma forma de resistência e ruptura com a precariedade da vida que atinge pessoas trans.
Publicado
2020-10-20
Como Citar
Silva, F. G. O. da, & Maio, E. R. (2020). “Se eu fosse fazer transição, eu era jogada na rua”: vida precária, universo trans e educação. Cadernos De Educação, (63). https://doi.org/10.15210/caduc.v0i63.16234
Edição
Seção
Artigos