A atitude fenomenológica em Husserl e a prática pedagógica

Palavras-chave: fenomenologia, educação infantil, cultura infantil, fantasia

Resumo

Este artigo estabelece relações entre a fenomenologia do filósofo e matemático alemão Edmund Husserl e a prática pedagógica na educação infantil. Na atitude natural a inserção no mundo se faz por meio da experiência sensível, isenta da reflexão e da análise; enquanto a atitude fenomenológica ultrapassa os fatos objetivos como única realidade, sendo uma atitude reflexiva e analítica sobre os fatos. Tal diferenciação entre a atitude natural e a atitude fenomenológica é tomada como apropriada para pensar a prática docente do educador que se depara com o universo da criança, repleto de seres fantásticos, metáforas, símbolos, ficção e faz-de-conta. A criança tem uma maneira própria de se relacionar com o mundo, permeada por objetos que não existem de modo concreto, mas que, apesar disso, não deixam de ser significativos. Destarte, problematizamos a atitude do educador perante uma criança que quer conversar sobre dragões ou que está fingindo ser uma fada. Ao finalizarmos este itinerário reflexivo, empreendemos discussões sobre o conceito de infância e sobre a questão e a função da fantasia na infância e na vida adulta.

Biografia do Autor

Valdir Borges, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
Doutor em Educação, Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR e Professor do Curso de Filosofia da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR.
Lucas Rehbein, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
Mestrando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR, Especialista em Educação Infantil pela UNIFACEAR, Licenciado em Filosofia pela PUCPR e Professor de Filosofia e Sociologia no Colégio João Paulo I.
Publicado
2020-10-20
Como Citar
Borges, V., & Rehbein, L. (2020). A atitude fenomenológica em Husserl e a prática pedagógica. Cadernos De Educação, (63). https://doi.org/10.15210/caduc.v0i63.17224
Seção
Artigos