NOVO ENSINO MÉDIO E MOVIMENTOS ESTUDANTIS

que protagonismo juvenil queremos?

  • Marinazia Cordeiro Pinto Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Marcelo José Derzi Moraes Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Alice Casimiro Lopes Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Ensino Médio; protagonismo juvenil; juventude; alteridade juvenil.

Resumo

O objetivo desse artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa sobre sentidos atribuídos ao significante protagonismo juvenil, a partir das noções: significante flutuante de Ernesto Laclau e disseminação de Jacques Derrida. Nesse intuito, fazemos uma relação com as ocupações de escolas em 2016 e com a Reforma do Ensino Médio de 2018, no que diz respeito aos Itinerários Formativos, passando pelas leis que instituem os Grêmios Estudantis e seu processo histórico. Finalizamos, refletindo sobre a possibilidade de movimento, pela disseminação de diferimentos que fraturem a hegemonia do protagonismo juvenil. Para tanto, propomos a defesa de uma educação que valorize a alteridade juvenil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marinazia Cordeiro Pinto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Doutora em Educação pelo ProPEd-UERJ, com fomento da FAPERJ e da CAPES. Linha de Pesquisa: Currículo: Sujeitos, Conhecimento e Cultura. Integrante do grupo de pesquisa Políticas de Currículo e Cultura.
Marcelo José Derzi Moraes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Doutor em Filosofia pela UERJ. Docente Adjunto do Departamento de Educação da Faculdade de Formação de Professores da UERJ e do Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva - PPGBIOS. Bolsista Prociência da UERJ. Coordenador do Grupo de Estudos Negritudes e Transgressões Epistêmicas  - Gente (CNPq).
Alice Casimiro Lopes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Docente Titular da Faculdade de Educação da   Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista PQ 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Cientista do Nosso Estado Faperj e Procientista Faperj/UERJ.

Referências

BALL, Stephen J.; M. Maguire.; BRAUM, A. Como as escolas fazem políticas: atuação em escolas secundárias. Tradução: Janete Bridon. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 21 dez. 2923.

______. Medida Provisória MPV 746/2016. Brasília, 22 set. 2016a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm. Acesso em: 21 dez. 2023.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. D. O. U., Brasília, 31 jan. 2012. Seção 1, p. 20. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9864-rceb002-12&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 20 dez. 2023.

____. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Debate. Texto para discussão. Brasília, 2010.

CHAGAS, Marcos Rogério de Jesus. História da organização estudantil e os grêmios na atualidade. Universidade Estadual de Londrina – UEL, 2009.

COUTINHO, Luciana Gageiro. Ocupa escola: tratamento aos impasses da adolescência no laço social?. Estilos da Clínica, 2020, v. 25, nº 1, p. 63-76.

DAMON, W. O que o jovem quer da vida? Como pais e professores podem orientar e motivar os adolescentes. São Paulo: Summus, 2009.

DERRIDA, Jacques. Vadios. Tradução: Fernanda Bernardo, Hugo Amaral e Gonçalo Zagalo. Coimbra: Terra Ocre Edições, 2009.

____. A farmácia de Platão. Tradução: Rogério da Costa. São Paulo: Iluminuras, 2005.

____. O que é uma tradução relevante. Tradução: Olivia Niemeyer Santos. Alfa. São Paulo, 44 (num. esp.), 13-44, 2000.

DERRIDA, Jacques; FERRARIS, Maurizio. O gosto do segredo. Roma: Fim de século – Edições Sociedade Unipessoal Ltda, 2006.

DUARTE, Rovenir; SANCHES, Malu Magalhães; FERNANDES, Gabriela Correia. O acontecimento e seu fantasma: as imagens no processo de projeto de uma ocupação. Espectros da colonização. Org.: Dirce Eleanora Nigro Solis. Porto Alegre: UFRGS, 2019. p. 126-152.

GONÇALVES, Mauro Castilho; GUILHERME, Karina Clécia da Silva; HENRIQUES, Helder. Entre o indivíduo e o coletivo: análise dos Centros Cívicos Escolares durante a ditadura cívico-militar brasileira (1971-1985). Educació i Història: Revista d’Història de l’Educació Núm. 35 (gener-juny, 2020), pàg. 157-180.

HADDOCK-LOBO, Rafael. Derrida e o labirinto de inscrições. Porto Alegre: Editora Zouk, 2008.

HALL, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2003.

JUDT, Tony. O mal ronda a terra: um tratado sobre as insatisfações do presente. Tradução: Celso Nogueira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

LACLAU, Ernesto. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2011.

LOPES, Alice Casimiro. Articulações de demandas educativas (im)possibilitadas pelo antagonismo ao “Marxismo Cultural”. Arquivos analíticos de políticas educativas – aape. V. 27, n. 109, 16 de setembro de 2019. Disponível: https://epaa.asu.edu/index.php/epaa/article/view/4881/2303. Acessado em: 02/10/2023.

________. No habrá paz en la política. Debates y combates. Fundación Casa del Pueblo – Tucumán/Argentina - . Nº 6, ano 4, maio de 2014. (p. 121-143).

MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago. Derrida e a diferença: currículo como zona de tradução. RIE – Revista Imagens da Educação, v. 13, n. 3, p. 26-46, jul./set. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v13i3.65632 . Acesso em: 15/09/2023.

MBEMBE, Achille. A era do humanismo está terminando. Revista IHU on-line. Instituto Humanitas Unisinos. 24 de janeiro de 2017. https://www.ihu.unisinos.br/186-noticias/noticias-2017/564255-achille-mbembe-a-era-do-humanismo-esta-terminando. Acessado em 11/11/2023.

MORAES, Marcelo José Derzi. Democracias espectrais: por uma desconstrução da colonialidade. Rio de Janeiro: Editora Nau, 2020a.

____. Becos, esquinas, ruas e marquises. In: BORGES-ROSARIO, Fabio; MORAES, Marcelo José Derzi; HADDOCK-LOBO, Rafael. (Orgs.) Encruzilhadas filosóficas. Coleção X (Org.: Rafael Haddock-Lobo). Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2020b.

____. A força de Leci Brandão. In: LOPES, Wallace. (org.). Sambo, logo penso: afroperspectivas filosóficas para pensar o samba. Rio de Janeiro: Hexis: Fundação Biblioteca Nacional, 2015.

MOUFFE, Chantal. Sobre o político. Tradução: Fernanda Santos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.

NEGRIS, Adriano. A política de morte na periferia da governamentalidade neoliberal. Sapere aude, Belo Horizonte, v. 11, n. 21, p. 49-69, Jan/Jun 2020.

PINHEIRO, Diógenes. Escolas ocupadas no Rio de Janeiro em 2016. Motivações e cotidiano. Iluminuras. Porto Alegre, v. 18, n. 44, p. 265-283, jan./jul. 2017. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/75746/43151 Acessado em: 03/09/2023.

PINTO, Marinazia Cordeiro. Ocupações de escolas como acontecimento: uma democracia por vir (tese). Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – ProPEd/UERJ, 2024.

PINTO, Marinazia Cordeiro.; MORAES, Marcelo José Derzi. Metodologia em cruzo: pensando modos de fazer currículo a partir dos encontros. Revista Espaço do Currículo (online), João Pessoa, 2022.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2012.

SILVA, Silas Veloso de Paula; OLIVEIRA, Gustavo Gilson. Projeto de vida, empreendedorismo e processos de subjetivação neoliberais na educação pernambucana. In: Currículo sem Fronteiras, v. 23, e1139, 2023.

SISCAR, Marcos. O inferno da tradução. In: Maurício Mendonça Cardoso; Marilene Weinhardt. (Org.). Centro, Centros: Literatura e literatura comparada em discussão. Curitiba: Editora UFPR, 2011, p. 61-71

SOUZA, Regina Magalhães de. Protagonismo Juvenil: o discurso da juventude sem voz. Revista brasileira adolescência e conflitualidade. Instituto de Psicologia da USP: 2009, p. 1-28.

SOUZA, Bárbara Rocha. Diferentes tempos na alfabetização: reverberações nas políticas curriculares. (tese). Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – ProPEd/UERJ, 2024. (no prelo)

TROTTA, Leonardo. Painel temático “Ocupações, Protagonismo Juvenil e Itinerários: Escolhas Possíveis”, coordenado por Alice Casimiro Lopes, 41ª ANPEd, Manaus/AM, 2023.

VILLAR, Antonio Gómez. Crisis de la sustancialidad material del mundo y de la materialidad social de la clase obrera. Investigadora Invitadas. 12/2022. Disponível: www.re-visiones.net. Acessado em: 22/09/2023.

Publicado
2024-10-23
Como Citar
Pinto, M. C., Moraes, M., & Lopes, A. C. (2024). NOVO ENSINO MÉDIO E MOVIMENTOS ESTUDANTIS : que protagonismo juvenil queremos?. Cadernos De Educação, (68). https://doi.org/10.15210/caduc.vi68.26147
Seção
Dossiê Temático: Juventudes e Ensino Médio