MORFOLOGIAS, MOVIMENTOS E AFETOS
o mal-estar e as patologias sociais do/no corpo docente.
Resumo
Neste artigo, discutimos como se relacionam as noções de patologias sociais e mal-estar docente frente aos desafios enfrentados pelo professorado de uma escola pública do Rio Grande do Sul. Trata-se de um recorte de uma pesquisa mais ampla em que utilizamos referenciais teóricos que contribuem com a construção de noções dos fenômenos. A pesquisa está pautada em uma abordagem qualitativa e corpus de 6 entrevistas com docentes examinadas com base na Análise de Conteúdo. Os fenômenos estão vinculados de forma rizomática, coexistente e produzem movimentos na interação individual-coletiva de morfologias para resistir-conviver-transformar.
Referências
ARAÚJO, Tânia Maria de.; PINHO, Paloma de Souza.; MASSON, Maria Lúcia Vaz. Trabalho e saúde de professoras e professores no Brasil: reflexões sobre trajetórias das investigações, avanços e desafios. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, p. e00087318, 2019.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, 229 p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei nº 9394/96. Dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: jun. 2024.
BRASIL. Portaria nº 1339, de 18 de novembro de 1999. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt1339_18_11_1999.html Acesso em: jun. 2024.
BRUNGÈRE, Fabienne. A ética do cuidado. 1 Ed. São Paulo: Editora Contracorrente, 2023.
CÁSSIO, Fernando (Org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. 1. ed.-São Paulo: Boitempo, 2019.
CASTILHOS, Eduardo Dicke de.; PIZZI, Jovino; D´Ávila, Otavio Pereira. Análise conceitual: por um significado de patologia social. Dissertatio – Volume Suplementar 13, pp.3-15, 2023.
CODO, Wanderley. Educação: carinho e trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes. 1999.
DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1981.
DUNKER, Christian Ingo Lenz. Mal-estar, sofrimento e sintoma: Releitura da diagnóstica lacaniana a partir do perspectivismo animista. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, v. 23, n. 1. pp 115-136, 2011.
DUNKER, Christian Ingo Lenz. Mal-estar, Sofrimento e Sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre muros. São Paulo: Boitempo, 2015.
ESTEVE, José Manuel. O mal-estar docente. 3. Ed. Barcelona: Paidós, 1994.
ESTEVE, José Manuel. O mal-estar docente: a sala de aula e a saúde dos professores. Tradução Durley de Carvalho Cavicchia. São Paulo: EDUSC, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREUDENBERGER, Herbert J. Staff burn out. Journal os Social Issues, Malden, v. 30, n. 1, pp. 159-165, 1974.
GASPARINI, Sandra Maria; BARRETO, Sandhi Maria; ASSUNÇÃO, Ada Ávila. O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e Pesquisa. São Paulo, vol. 31, nº 2, pp. 189-199, 2005.
GATTI, Bernadete Angelina; ANDRÉ, Marli. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em Educação no Brasil.In: WELLER, Wivian; PFAFF, Nicolle. Metodologias da pesquisa qualitativa em educação: teoria e prática. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2013. pp. 29-38.
GATTI, Bernadete Angelina; ANDRÉ, Marli. Implicações e perspectivas da pesquisa educacional no Brasil contemporâneo. Cadernos de Pesquisa, n. 113, p. 65-81, jul. 2001.
HADDAD, Fernando.Prólogo. In: CÁSSIO, Fernando (Org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. 1. ed.-São Paulo: Boitempo, 2019. pp. 11-13.
HERNÁNDEZ-HERNÁNDEZ, Fernando; BENAVENTE, Beatriz Revelles. La perspectiva post-cualitativa en la investigación educativa: genealogía, movimientos, posibilidades y tensiones. Educatio Siglo XXI, 37(2 Jul-Oct), pp. 21–48, 2019.
HONNETH, Axel. La sociedade del desprecio. Madrid: Trotta, 2011.
HONNETH, Axel. O direito da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
JESUS, Saul Neves de. Bem-estar dos professores: estratégias para realização e desenvolvimento profissional. Portugal: Porto Codex, 1998.
JESUS, Saul Neves de.Pistas para o bem-estar dos professores. Educação, ano. XXIV, n. 43, pp.123-132, 2001.
JESUS, Saul Neves de. Perspectivas para o bem-estar docente. Porto: ASA Editores, 2002.
LATHER, Patti. Top Ten + List: (Re)Thinking Ontology in (Post)Qualitative Research.Cultural Studies Critical Methodologies, v. 16, n, 2, pp. 125-131, 2016.
LUCK, Heloísa. Gestão da cultura e do clima organizacional da escola. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
MINAYO, Maria Cecília de Souza; GOMES, Suely Ferreira Deslandes Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
MOROSINI, Marília Costa; FERNANDES, Cleoni Maria Barboza. Estado do Conhecimento: conceitos, finalidades e interlocuções. Educação Por Escrito, n. 5, v. 2, p. 154–164, 2014. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/porescrito/article/view/18875 Acesso em: dez. 2023.
MOSQUERA, Juan José Mouriño; STOBÄUS, Claus Dieter; DORNELLES JÚNIOR, João. O mal-estar na docência: causas e consequências. Porto Alegre, FACED: PUCRS, 2002. Disponível em: https://docplayer.com.br/33645614-O-mal-estar-na-docencia-causas-e-consequencias.html Acesso em: jun. 2024.
OLIVEIRA, Dalila. Políticas conservadoras no Brasil: ameaças ao direito à educação e ataques à autonomia docente.Revista Educación, Política y Sociedad, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 37–54, 2022. Disponível em: https://revistas.uam.es/reps/article/view/15688 Acesso em: jun. 2024.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS. 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças – Cid - 11. 2019. Disponível em: https://icd.who.int/en Acesso em: dez. 2020.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS. Burn-out an "occupational phenomenon": International Classification of Diseases. 2022. Disponível em: https://www.who.int/news/item/28-05-2019-burn-out-an-occupational-phenomenon-international-classification-of-diseases Acesso em: dez. 2023.
PIZZI, Jovino; CENCI, Maximiliano Sérgio. Glosario de Patologías Sociales. Pelotas: Editora UFPEL, 2021, 319p.
RATIER, Rodrigo. Escola e afetos: um elogio da raiva e da revolta. In: CÁSSIO, Fernando (Org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. 1. ed.-São Paulo: Boitempo, 2019. pp. 159-164.
ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição : Notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018. 208p.
ST. PIERRE, Elizabeth Adams.Post qualitative research the critique and the coming after. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Eds.). The SAGE Handbook of Qualitative Research. Los Angeles: SAGE, pp. 611-625, 2011.
ST. PIERRE, Elizabeth Adams. Uma história breve e pessoal da pesquisa pósqualitativa: em direção à “pós-investigação”. Práxis Educativa, [S. l.], v. 13, n. 3, pp.1044–1064, 2018. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.13i3.0023. Recebido em: 04/07/2024.
